quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Era meia noite. Eu caminhava pela rua deserta e fria. De repente ouvi passos leves... Eu sabia que era ele, mas continuei a caminhar, nos meus olhos brilhava saudade e no meu semblante a expressão de dor não queria me abandonar. Continuei a caminhar e aquelas passos continuaram a me atormentar. O meu corpo por inteiro se arrepiou e no fundo da minha alma eu senti um ponto de felicidade, pois, assim como eu, ele ainda sentia algo por mim.
A noite estava fria e eu sentia o meu corpo gritar pelo o seu corpo fervente, continuei a caminhar a procura de um lugar para pensar, aos poucos aqueles passos leves que me seguiam ficavam para trás.
A cidade inteira estava adormecida e parecia que as únicas almas ativas era as nossas. Me deparei com uma linda figueira, ao seu lado havia um banco solitário a espera de uma alma para acompanha-lo. Foi então que resolvi me sentar junto a solidão.
Se passaram alguns minutos e solitária eu continuei a ficar. De repente, senti umas mãos cobrirem os meus olhos e uma respiração leve ao meu pescoço, uma voz suave foi lançada aos meus ouvidos falando: "Eu nunca irei te abandonar, minha princesa." Neste momento, meu corpo inteiro se arrepiou e enquanto a cidade inteira adormecia, a gente se amava, nem que fosse pela última vez.