quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Nossa realidade.

Mais um dia amanhece, e, novamente, levanto-me disposta a te fazer feliz.
Acordo-te com um beijo e em seguida ligo o chuveiro, para que as gotas d'água quente deliciem-se em seu corpo, como deliciei-me noite passada. Desço as escadas da nossa casa observando os quadros que encontram-se no corredor com as nossas fotografias. Todas, sem exceção, transmitem um sorriso radiante de um casal verdadeiramente apaixonado. Então, preparo o seu café da manhã preferido: Café preto, bem quente, com panquecas ao molho de banana e canela. Em cima da bancada de mármore, acompanhando a minha xícara de café preto, o Notebook ligado, a espera de mais um dia de trabalho, com histórias mirabolantes a serem elaboradas. Escuto seus passos, leves, descendo as escadas. Como todos os dias deslumbrante vestindo terno, com um sorriso encantador e com os cabelos bem penteados. Tomamos café da manhã juntos, como fazemos diariamente. Você sempre interessado ao saber sobre qual história nascerá nesta manhã, eu fazendo parte de seu trabalho. Então, ao terminar o seu café da manhã, você me dá um beijo e vai para o trabalho, quase atrasado. Observo você andando em direção a garagem, escuto você ligando o seu carro e, ao sair no portão, manifestando-se pela última vez seu adeus. Sentada, segurando minha xícara de café preto, fico estagnada pensando,  "Qual história nascerá nesta manhã", é necessário conter-me para não escrever todos os dias sobre o homem que eu sou, sim, loucamente apaixonada. Nesta referência deixo a minha xícara no chão cair e vejo-a partir-se em pedaços... Pois essa não é a nossa verdadeira realidade.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Almejar.

Queria produzir, queria inspiração. Confesso, não tinha. 
Simplesmente abri uma página em branco. Almejo relatar o quanto sinto-me desejada pelos olhos alheios. Relatar o quanto feliz estou, e cansada também. Dizer o que é proibido, inadequado, impróprio. Dizer todos os planos e estratégias que para nós criei, só para nos amar. Vomitar todo o meu amor, e revolta. Revolta por tu, que me tens ao seu lado, não me desejar como alguns olhos ocultos me desejam. Gostaria de dizer todas as propostas indecentes que me são ofertadas, e que, com medo, não aceito. Não por medo do ato, mas por medo do gosto e do desejo. Medo pela certeza de que irei pedir "bis". Gostaria de lhe mostrar a mulher incrível que habita em mim, mas a menina "inocente" sempre revela-se quando estou ao seu lado. Queria lhe dizer o quanto sinto-me envergonha quando tu beijas o meu umbigo, pedindo para que eu diga o plural de "decimal". Apesar de, no momento do ato, adorar a situação. Queria correr o mundo, mas com a certeza de que, ao retornar, lhe encontraria. Sim, confesso, também gostaria de pousar para uma revista nua. Assim como gostaria de publicar um livro. Queria pegar o carro e sair sem destino, sozinha. Mas, ao saber que sem rumo, no rumo, te encontraria. Gostaria de lhe fazer uma serenata de amor, ou de recebê-la. Gostaria de fazer amor todas as noites. Almejaria você todos os dias. Tiraria a roupa só para ver a sua reação. Ou paralisa, ou ousa. Só para me amar. Confuso, sim. Admito. Afinal, não tinha proposito algum, a não ser, almejar ! 

sábado, 25 de outubro de 2014

Você...

Ainda em casa, trabalhando online, meu celular, em cima da escrivaninha, vibra... Sim, é "ele"... Mandando-me a seguinte mensagem "Qual é a cor da sua calcinha? Estou louco para tira-lá!". Obviamente que não poderia sentir outra coisa a não ser "borboletas" a me invadirem. Então, lhe respondi: "Vermelha. E a sua espera!". E quando eu menos espero o seu carro já está em frente ao meu portão. Apenas peguei minhas chaves e fui ao seu encontro, cabelos soltos, pernas expostas. Gentilmente, você abre a porta do carro para mim, entro. Quando você retorna ao banco do motorista, um sorriso, bobo e malicioso, é trocado !! Você entra, sem nada a dizer. Enquanto isto, olho-te com olhar torto, desconfiado; por fim, safado. Sem que uma palavra fosse trocada você pega-me pelos cabelos e beija-me enlouquecidamente, passando a barba pelo meu pescoço, segurando-me firme. Daquela maneira que me enlouquece. Nos beijamos louca-e-profundamente. Saímos. Então, no quarto do Motel, subimos as escadas, eu a sua frente e você segurando-me pela nuca... Entramos, e imediatamente você joga-me na parede, fazendo com que eu beije o espelho. Com este ato, arrepio-me todinha. Você sempre segurando os meus cabelos, beijando o meu pescoço e arranhando-me com a sua barba. A outra mão em minhas pernas, que levemente você eleva. Eu já não possuo mais forças para lutar contra você, contra o nosso desejo. Você me domina. Viro-me. Então, nos encontramos, olho no olho, quando hesito em falar, você me silencia. Do seu jeito. Com sua mão firme em meus cabelos, apenas fecho os olhos. Te desejo. Em um instante já estou em seu colo, você tirando-me a roupa. E eu, sendo toda sua.



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Café da manhã.

E são os pequenos gestos que, muitas vezes, salvam um relacionamento. Acreditando nisto, a noite, antes de você chegar do trabalho, preparo o seu bolo favorito, para que no dia seguinte, sábado, possamos tomar um delicioso café da manhã na cama. Com direto àquele capuccino que você, antes, sempre preparava para mim. Em minha mente estava tudo calculado. Acordaríamos às 8:30 da manhã, tomaríamos café - na cama - e em seguida resolveríamos qualquer coisa que estivesse ficado pendente durante a semana. Então, o telefone toca, e é você, dizendo que ficará no escritório até mais tarde resolvendo alguns "pepinos" que surgiram de repente. Okay, desligo o telefone e vou preparar a calda para o nosso delicioso bolo, com leite condensado e chocolate. Ao seu gosto. Preparo a nossa cama, e antes de ir dormir, deixo em cima da mesa a janta preparada para você, caso você chegue e eu não veja. Em minha leitura me perco no tempo e durmo. Ao acordar pela manhã, decepcionada, observo que o lado da cama, no qual você dorme, ainda está arrumado. A cozinha e a mesa, intacta. Nenhuma chamada sua no meu celular. Ao ligar para você, não me atendeu. Ligo diretamente para o ramal do seu escritório, a secretária atende, como sempre, trabalha aos sábados pela manhã, e diz que você encerrou o expediente ontem, as vinte e duas horas, bem antes do horário em que você me telefonou.... Agradeço a informação e desligo o telefone. Mergulho no chuveiro e um turbilhão de coisas se passam em minha mente. Respiro fundo. Visto-me e vou para a reunião de trabalho. Sem animo para tomar café da manhã, sozinha. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Mais uma noite.

Então chego a mais um brilhante evento. Como sempre, sozinha, e com as suas roupas passadas e penduradas no suporte do banco traseiro do carro. Estou na recepção, brilhando, cumprimentando alguns convidados e recebendo alguns fotógrafos. Você manda uma mensagem para o meu celular. "Cheguei". A moda francesa retiro-me do salão e vou ao estacionamento, onde você já me espera com o carro estacionado ao lado do meu. Entrego-lhe o terno, que com todo carinho cuidei. Do porta-luva retiro o seu perfume importado e lhe entrego. Lhe presenteio com uma gravata nova, a qual combina perfeitamente com o meu novo vestido, o qual você nem reparou. Gostaria de, posteriormente, utilizar essa gravata como algemas ou vendas em nossa cama, mas, meus olhos enchem de lágrimas no momento em que me recordo onde você estava. Você saí do carro. Perfeito. Cabelo bem penteado, terno aliado, perfumado. Com a gravata solta em volta do pescoço, solicitando-me  para que faça o nó, perfeitamente calculado, como só eu sei fazer. Mas, com aquela lembrança, faço-o de cabeça baixa, pois nos seus olhos não me enxergo mais. Você, delicadamente, poem a mão em meu queixo e levanta meu rosto. Quase em lágrimas. Respiro fundo e não contesto. Então, trancamos os carros e "encaramos" a alta sociedade. Como sempre. Ao chegarmos juntos mais flash e histórias fantasiadas publicadas no dia seguinte. Ninguém imagina o que se passa em nossas mentes naquele momento. Você, talvez, pensando no seu amante barato. Eu, pensando o quanto te amo, para tudo isto suportar. E assim vivemos de aparências. Sorrisos, poses e flash. É assim que passamos a noite toda. Até você pegar-me delicadamente pela cintura e sussurrar em meu ouvido, "Desculpas", e  dizer o quão bela estou, e que sim, que eu sou a mulher da sua vida. Claro, um sorriso radiante, mas tímido, surgiu no meu rosto e a chama do nosso amor renasceu. Pois é assim que ele vive, renascendo a cada amanhecer, ou anoitecer... Apesar de todo sofrimento ocultado. 
As luzes do salão se apagam. A festa terminou. Todos retornam aos seus palácios. Até mesmo, nós. Um em cada carro. Obviamente chego primeiro. Pois você deve ter parado em algum posto de gasolina qualquer, com a desculpa de que iria abastecer para ligar para ele. Chego em casa e preparo um banho, com perfumes de rosas e velas ao redor. Deitada na banheira escuto o barulho do seu carro na garagem estacionar. Você entra lentamente em nosso quarto, tirando a roupa que tanto lhe honra. A minha surpresa foi você entrar no banheiro e sentar-se junto a mim, na borda da banheira. Pegando meus pés e massageando-os. Encosto a minha cabeça, fechando os olhos, confesso que chorei. Você, pedindo-me desculpas. Dizendo que esta era a última noite do meu sofrimento. Sofrimento este que não deveria existir. Pois em seu outro relacionamento havia posto 0 fim. Para dedicar-se somente a mim. Como deveria ter sido feito do inicio ao fim. Não quis te olhar, não quis acreditar. Então, você mergulha comigo na banheira e jura-me amor eterno. E nos amamos, mais uma vez, com o perdão e sem fim. 




terça-feira, 23 de setembro de 2014

Trinca de Reis.

Em minhas mãos possuo uma trinca de reis, e para que o jogo seja finalizado é necessário escolher qual descartar para vencer.
Um REI é de Ouro, este, deslumbrante, dono de um Império, realizador de todas as vontade de sua Dama, entretanto, com o coração frio, olhar vazio.
Outro, REI de Paus, um verdadeiro escudo para a sua Dama, entretanto, não possuí riquezas, e devido a está total proteção não a liberta para adquirir novos olhares e fronteiras.
E, por fim, o REI de Espada, este, encantador, amante de sua Dama e lhe disponibiliza sentimentos e riquezas, entretanto, para isto tudo ter, é necessário que a sua Dama abandone o seu Castelo e vá viver com ele em seu Reino, distante.
Basta escolher uma carta para definir o destino da Dama de Copas que está sobre a mesa, na expectativa de um final feliz !!


sábado, 20 de setembro de 2014

Boa noite

Não sei como tudo começou, mas, quando observo, já estou sem sutiã, rolando com você no sofá da sala. Sorrisos bobos, olhares de desejo. E risadas, no momento em que caímos no tapete aveludado. Mas, isto só aumenta o nosso desejo. 
Você tocando-me com desejo, beijando meus seios, dizendo coisas ''bobas'' para enlouquecer-me ainda mais, e agindo feito um louco, só para me amar. 
Então, voltamos a nos beijar e a sala parece ser pequena para tanto amor, tanta vontade, tanto desejo! 
Agora, eu é que domino a situação... Estou por cima de você, olhando em seus olhos como uma leoa feroz querendo galopar pelo seu corpo. Beijo-te, beijo, e beijo ainda mais. Deslizando a minha boca pelo o seu corpo, seu corpo inteirinho. Atrevo-me a lhe olhar, com cara de safada, para ter certeza de que estou satisfazendo todos os seus desejos. E isto permite que eu vá mais a fundo. Até que, sento em suas pernas. Você, suando, respira fundo e senta para a sua boca me encontrar. Já estou sentada no seu colo, completamente nua, e continuamos a nos amar, a um corpo invadir o outro. Um momento sentada, outro deitada... Quando vejo já estou posicionada no sofá sendo totalmente invadida por você, dominada, enlouquecida. E só você tem este poder sobre mim, sobre os meus desejos, sobre o meu corpo.
Estamos em total sintonia, nos beijando, gemendo, e quando estou atingindo o ponto máximo do prazer... observo que é de madrugada, que estou sentada no chão da sala escrevendo este texto e você dormindo no sofá.  


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Encerrando a semana.

Há dias venho adquirindo e construindo um novo pensamento e sentimento positivo dentro de mim. E não esta sendo uma "tarefa" fácil, creio que não seja para ninguém. Todos os dias (tentar) levantar da cama sorrindo, mesmo que com diversos "problemas". Buscar melhorar a cada passo dado. Sorrir. Até se encontrar com uma barreira de negatividade, que desmorona sobre você. Desviar das maiores pedras e tentar não ser atingida. Quase impossível. Sempre haverá uma pedra, ou uma poeira, que caíra sobre você e terá de carregá-la. E isto lhe incomodará, mesmo que você esteja se exercitando mentalmente todos os dias. Ninguém precisa saber o que você sente, que chorou baixinho escondida para ninguém ver, que você finge ter apenas uma poeirinha em seu ombro, quando na verdade você está carregando o mundo inteiro nas costas. Ninguém precisa saber de quantos calmantes você tomou. Ou, que preferiu dormir para a dor passar, mas não passou. Afinal, você tem um sorriso no rosto, e isto já é o suficiente (para os outros julgarem) que você é/está feliz; sem olhar no fundo dos seus olhos. É (quase) impossível viver feliz sozinha. Mas, atualmente, também é difícil construir a felicidade com o outro, sem esforço, sem que a sua dedicação seja reconhecida. Talvez, esse seja mais um exercício que eu deva fazer todo dia ao amanhecer: ser feliz, sozinha




sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Fuga.

"E nesse momento ninguém compreende minha dor. Ninguém compreende meus sentimentos e, principalmente, ninguém compreende os meus pensamentos... Creio que, todos, sem exceção, precisam de uma fortaleza, um lugar para refúgio. Eu e você deitados na cama em um lugar qualquer, em silêncio, fazendo do seu abraço a minha zona de conforto; minha fuga..."



sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Um toque, ou dois.

No escritório de publicidade, John, seu colega de trabalho, notou "algo" diferente nela... Não era atração, muito menos paixão, mas notou que havia algo diferente. Um hematoma em seu pescoço, talvez, um beijo bem ou mal dado. Achou estranho, pois eram super amigos e ela não havia lhe contado nada sobre um novo relacionamento/envolvimento. Mas, preferiu não comentar o assunto - pensou que seria indelicado da sua parte - não naquele dia.
No dia seguinte, novamente, apareceram novos hematomas. John, no horário de almoço não se conteve em não perguntar. E perguntou. "Querida, o que é isto em seu pescoço?" Lice pareceu não entender a pergunta, tirou um espelho de maquiagem de sua bolsa e foi verificar. Ficou surpresa, pois não havia reparado no pequeno beijo roxo que marcará. Achou estranho, pois desde que seu noivo houverá falecido ela não se envolverá com mais ninguém. E aqueles últimos dias não haviam sido diferentes. Lice confessa que, ultimamente, anda tendo sensações estranhas durante a noite, mas que, se dormisse fora da casa não conseguiria voltar mais.
Comecei a reparar mais no meu corpo, e nada de novo, ou estranho, apareceu. Confessa ela ao seu fiel amigo. Isto lhe causa uma certa tranquilidade. Entretanto, duas semanas depois do ocorrido, Lice acorda de madrugada com o barulho da queda do seu celular. Assustada, pega-o e nota que, havia sido tirada uma foto dela dormindo há 17 segundos atrás, a questão é que: ela mora sozinha. Ficou assustada, respirou fundo. Notou que não havia nenhuma presença na casa. Pensou consigo mesmo que isto não deveria estar acontecendo, não com ela. Não teve disposição para sair da cama, tomar um copo d'água ou jogar uma água gelada no rosto. Voltou a dormir. No outro dia, já no escritório, foi contar para o John o acontecido da noite passada, mas a foto, tirada a 17 segundos antes dela despertar, não estava mais disponível para visualização. Eles começaram a pensar, e a nenhuma conclusão chegaram. E o que ela suspeitaria, era quase impossível de acontecer. Quase.
Naquela noite John se hospedou no apartamento de Lice, já que de casa ela não queria sair. Nada aconteceu, a não ser o fato da janela abrir de repente e o balançar das cortinas no meio da noite. Coisa que, possivelmente, teria acontecido com o vento. John dormiu mais duas, três, quatro noites, ou uma semana na casa de Lice, e nada mais aconteceu. Achou melhor retornar ao seu lar, pensando que sua amiga estaria em segurança.
Na primeira noite, sozinha novamente, ela teve sonhos estranhos, sensações de prazer, arrepios e calafrios. Acordou suada. Com a boca seca. A impressão que sentiu era que teve uma noite delirante de amor. Resolveu tomar um banho frio e caminhar, logo de manhã cedo. Afinal, era o seu dia de folga. Chegou em casa, cansada, suada, relaxada. Resolveu tomar mais um banho. Quando se despiu sentiu um arrepio em seu pescoço, que espalhou-se pelo corpo inteiro. Pensou estar acompanhada, mas não. Ligou o chuveiro, molhou-se. Sentiu um toque, dois... Mergulhou a cabeça em baixo do chuveiro. Pensou estar sentindo coisas inexistentes. Mas ela sentia um toque, um toque molhado que somente ele possuía. Sozinha, gemeu de prazer. Sentiu uma leve tontura e desmaiou. Ninguém mais a viu.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Triste "fim".

Doente, e ainda de cama, ele escuta passos subindo as escadas, quando sua mãe bate à porta: "Filho, posso entrar? Tem visita para você...", então ela entra, e com ela um casal de amigos. Ele sorri, jamais esperava a visita deles, mas mesmo assim continuou olhando para a porta, como se estivesse faltando alguém. Seu coração pulsou com intensidade devido àquela ansiedade. Quando, de repente, ele escuta passos levianos tocando os degraus. O coração palpitou e se acalmou. Ela apareceu na porta, sorrindo. E sem nada dizer, ele esticou sua mão, esperando sua caricia. Lentamente, ela sentou-se na cama, ao lado dele; e segurando sua mão com as duas mãos, suavemente beijou-a. Ele, com a outra mão acariciava os cabelos dela. E naquele silencioso gesto de carinho, com mil sentimentos os rodeando, perceberam que estavam sozinhos. Nenhum dos dois sabia o que falar, como se expressar. Nenhuma palavra saiu, quando uma lágrima do rosto dela vazou. Ele, cuidadosamente, enxugou e a puxou para os seus braços, para lhe dar conforto. Encostada em seu peito, ela começou a cantar "Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti, e de tristeza vou viver, e aquele adeus não pude dar..." Quando ele a interrompe, dizendo "Calma, eu estou aqui." Lentamente ela se desencosta do seu peito e olhando nos seus olhos, azuis como as águas calmas do oceano, ela diz "Sim, meu amor, mas você não pertence mais a mim... " Um breve silêncio é feito e entre o choro ela recupera o folego e continua "... Eu tive medo, muito medo de te perder. Aceitei te perder de todas as maneiras, mas não aceito te perder para a vida...". Ele, sentindo dentro do peito que aquele sentimento de amor nunca morreu, segura as mãos dela e delicadamente coloca uma mão em seu rosto e ergue o seu queixo. Ele não sabe exatamente o que dizer, quer abraçá-la, beijá-la, dizer o quanto ainda a ama. Mas não sabe se deve, não sabe se pode. Ela reparou que no seu quarto continua tudo como era antes, as fotos no espelho, na escrivaninha papéis de contabilidade e alguns pertences pessoais, e a cama, na qual eles estavam, parecia flutuar em busca de respostas que não existiam.  




quarta-feira, 9 de julho de 2014

Sem relógio.




Então me pego nua em sua cama relembrando todos os orgasmos múltiplos que nesta noite tivemos, depois de tanto tempo.
Deitada, rindo sozinha, fico imaginando em qual cômodo da casa você está, ou os cômodos da casa que ontem batizamos.
Ligar o chuveiro ou fazer um café, fico constantemente em dúvida sobre quais dos dois seria mais gostoso primeiro, já que as duas opções, sem sombras de dúvidas me arrancam sorrisos, delírios e orgasmos.
Enfim, daqui a pouco, amanhã quem sabe, o relógio despertará e a nossa rotina voltará ao normal. Eu cá e você lá. Mas, e o agora? Sorrisos bobos surgem, claro. Então, crio coragem para levantar-me, querendo ficar ali por mais um, dois, três dias, ou quem sabe, até mesmo uma vida. A porta do banheiro está visível aos meus olhos, mas ir até a cozinha e ver você virando panquecas no ar com certeza é mais excitante do que tomar um banho quente, sozinha. E que sorriso que tu me deste, meu amor, ao me ver. Meu coração quase soltou pela boca. Eu, claro, fingi friamente não estar tão contente quanto, mas o olhar de malícia revelou o meu desejo. Quem sabe deixamos o café da manhã para depois e encaramos uma aventura no banheiro juntos. Obviamente o convite foi feito quando, ao sair da sala, deixei o seu roupão, o qual no momento eu vestia, cair em cima do tapete. Recentemente havia ligado o chuveiro, não tinha dado nem tempo de esquentar o ambiente, e você apareceu de repente, abrindo a porta e querendo me afogar. Me afogar em baixo do chuveiro fazendo amor. Me afogar de amor. Me afoga, por favor.
Todos os relógios haviam sido paralisados. Ao saborear suas panquecas com ovos e bacon, não sabíamos se era café da manhã, almoço ou jantar. Que delicioso fazer a primeira refeição do dia vestindo uma camisa sua, com os cabelos molhados e sentado no seu colo.
Nem sei se já era hora, ou se essa hora existia. Mas, eu precisava partir. E parti.

terça-feira, 25 de março de 2014

Inspiração.

     Mantenho em segredo quem inspirou-me para seguir esta profissão. Esta grande mestrada, ocultamente, arrastou-me para o seu mundo, e hoje, estou a seguir seus passos. 
     Desinibida, encantadora, postadora de desafios... Hipnotiza os seus alunos e aposta em suas capacidades. 
     Professora que nunca desistiu de nós, mesmo quando nós mesmos já havíamos desistido de si. 
     Em uma semana de Graduação, tracei um objetivo: Ensinar, apostar, incentivar e nunca desistir, nunca desistir dos meus alunos, como a Senhora nunca desistiu de mim, mesmo sem saber que eras a minha inspiração Profissional, e também, porque não, pessoal. 

Muito Obrigada, "Xuxu". 
              Musa Francisca !  




quarta-feira, 19 de março de 2014

Amargo





          Ela era uma garota doce, mas tornou-se amarga. Descobriu que doçura demais enjoava, e descobriu isto da maneira mais difícil: Vomitou. Vomitou todo o amor que por ele sentia e que, ele, não valorizava. Hoje ele sente falta de sua doçura, mas foi ele que provocou tal degustação. E o amargo é o que lhe resta. 


sábado, 8 de março de 2014

Saudades.

~// E o dia 07 de cada mês não possui o mesmo valor, não sem você; sem as nossas risadas, sem as nossas brincadeiras, sem os nossos brindes, sem a nossa cumplicidade, sem a nossa intimidade...
Sei que já faz tempo que esse dia, para você, perdeu o valor. Mas, para mim, ele continua tendo um enorme significado. E para sempre será assim ! 




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Lasanha.

" Sei que pra nós dois o romance é
Coisa delicada demais
Não dá pra esquecer o que vivemos
Antes um com o outro
Bem melhor a gente deixar rolar
Se entregar
Ver o fogo que apagou
Queimar de novo " 
  E a gente nem ficou - Jorge&Mateus. 

E a vida, às vezes, nos prega Peças, e acabamos descobrindo o quanto gostamos de atuar. 
Como hoje, engraçado, não? Nós dois no Supermercado, fazendo compras. Você me ajudando a escolher as cebolas para o jantar, ou quando eu queria outra qualidade de tomate e você foi procurar. Enquanto escolhíamos as verduras, pensei: "É, hoje estamos brincando de gente grande", entretanto, voltei à realidade e percebi que não era só uma brincadeira. "Qual cor de pimentão podemos levar?" "Não sei, escolhe você... Então pega o verde, você estava olhando para ele." É, foram os 0,25 centavos mais felizes da minha vida. No açougue vendo a carne sendo moída e uma crise instantânea de riso. "No que você pensou", e resposta alguma saiu, apenas risadas. "Mais queijo ou menos queijo?"... Vamos carimbar o ticket do estacionamento e vamos para casa... 
Ao chegar, você tirando as compras do carro e eu pegando a minha bolsa no banco de trás. 
E simplesmente, foi perfeito você me ajudando a cozinhar, cortando os temperos, alcançando-me qualquer coisa que eu pedisse, me abraçando... 
Todo cuidado e auxilio ao montar a Nossa lasanha. E quando tudo estava pronto, porque não brindar ? Tínhamos muitos motivos para isso fazer. E o principal, era ter você, novamente, ao meu lado; nem que tenha sido na doce ilusão de uma simples noite. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Recado, recado... recados !

"Onde quer que você esteja: ao meu lado, em outro estado, ou em outro espaço; Eu sei que toda noite, antes do sono dominar-te, você pensa em mim, e pensa com muito carinho. Pois, eu também sou assim. 
É engraçado, tudo o que juntos vivemos, tudo o que juntos deixamos de viver... E o mais engraçado ainda, é a forma de como tudo terminou. Nenhum dos dois queria o fim, mas acabou. Simplesmente, ''FIM''. 
Eu sinto tanto a sua falta... Mesmo ausente, você sempre conseguia fazer-se presente em mim. 
Compreendo que existe um espécie de '' Muro de Berlim " que nos separa, mas eu acredito também, na queda desse muro. 
Onde quer que você esteja, você está presente em mim, e eu espero também estar presente em você. 
... Este é o meu apelo, que não deixe o nosso elo se perder ao meio dessa escuridão. E que nós possamos encontrar uma fórmula, uma solução !"

//~ Apenas um momento nosso, pois se for VERDADEIRO, você irá compreender esse recado ! 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

-



Como em todo Conto de Fadas, sempre existe um Bruxa Má que almeja destruir o tão sonhado: ''Então eles viveram felizes para sempre".