segunda-feira, 15 de julho de 2013

Pétalas caídas

Estou deitada em meu quarto, afundada em minha cama e ao redor tudo parece girar. Dá janela observo a escuridão que está lá fora e me acompanha. De repente vejo uma estrela brilhar e isto me permite sonhar. Fecho os olhos para a escuridão completar, e mergulho de cabeça em nossos sonhos. Deparo-me com uma cena que aconteceu, nós estamos rindo, você puxava-me pela mão para debaixo das estrelas, era uma noite quente, você usava uma bermuda qualquer enquanto eu vestia uma vestidinho florido que você adorava, e nós dançávamos sob aquela constelação, sonhávamos alto, tínhamos os pés nos chão. Você dizia que encantava-o e que a lua sentia-se envergonhada perto do meu brilho. Meus olhos brilhavam como as estrelas, mas brilhavam por amor. Eu tanto lhe amava, e você me amava também.  Assisto a cena novamente, ao final da valsa tocada ocultamente você me abraçou, arrancou uma rosa do jardim e a colocou em meu cabelo, tão delicado, tão romântico, tão apaixonado; tão meu... Infelizmente a Lua chora por não ser mais testemunha do nosso amor. O encanto acabou, seu amor acabou, minha vida acabou. Querendo viver eternamente essas lembranças, abro meus olhos lentamente, e no meio da escuridão, olho para o lado, iluminada encontro a rosa, com as pétalas secas e caídas, que você naquela noite me presenteou.