sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Fuga.

"E nesse momento ninguém compreende minha dor. Ninguém compreende meus sentimentos e, principalmente, ninguém compreende os meus pensamentos... Creio que, todos, sem exceção, precisam de uma fortaleza, um lugar para refúgio. Eu e você deitados na cama em um lugar qualquer, em silêncio, fazendo do seu abraço a minha zona de conforto; minha fuga..."



sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Um toque, ou dois.

No escritório de publicidade, John, seu colega de trabalho, notou "algo" diferente nela... Não era atração, muito menos paixão, mas notou que havia algo diferente. Um hematoma em seu pescoço, talvez, um beijo bem ou mal dado. Achou estranho, pois eram super amigos e ela não havia lhe contado nada sobre um novo relacionamento/envolvimento. Mas, preferiu não comentar o assunto - pensou que seria indelicado da sua parte - não naquele dia.
No dia seguinte, novamente, apareceram novos hematomas. John, no horário de almoço não se conteve em não perguntar. E perguntou. "Querida, o que é isto em seu pescoço?" Lice pareceu não entender a pergunta, tirou um espelho de maquiagem de sua bolsa e foi verificar. Ficou surpresa, pois não havia reparado no pequeno beijo roxo que marcará. Achou estranho, pois desde que seu noivo houverá falecido ela não se envolverá com mais ninguém. E aqueles últimos dias não haviam sido diferentes. Lice confessa que, ultimamente, anda tendo sensações estranhas durante a noite, mas que, se dormisse fora da casa não conseguiria voltar mais.
Comecei a reparar mais no meu corpo, e nada de novo, ou estranho, apareceu. Confessa ela ao seu fiel amigo. Isto lhe causa uma certa tranquilidade. Entretanto, duas semanas depois do ocorrido, Lice acorda de madrugada com o barulho da queda do seu celular. Assustada, pega-o e nota que, havia sido tirada uma foto dela dormindo há 17 segundos atrás, a questão é que: ela mora sozinha. Ficou assustada, respirou fundo. Notou que não havia nenhuma presença na casa. Pensou consigo mesmo que isto não deveria estar acontecendo, não com ela. Não teve disposição para sair da cama, tomar um copo d'água ou jogar uma água gelada no rosto. Voltou a dormir. No outro dia, já no escritório, foi contar para o John o acontecido da noite passada, mas a foto, tirada a 17 segundos antes dela despertar, não estava mais disponível para visualização. Eles começaram a pensar, e a nenhuma conclusão chegaram. E o que ela suspeitaria, era quase impossível de acontecer. Quase.
Naquela noite John se hospedou no apartamento de Lice, já que de casa ela não queria sair. Nada aconteceu, a não ser o fato da janela abrir de repente e o balançar das cortinas no meio da noite. Coisa que, possivelmente, teria acontecido com o vento. John dormiu mais duas, três, quatro noites, ou uma semana na casa de Lice, e nada mais aconteceu. Achou melhor retornar ao seu lar, pensando que sua amiga estaria em segurança.
Na primeira noite, sozinha novamente, ela teve sonhos estranhos, sensações de prazer, arrepios e calafrios. Acordou suada. Com a boca seca. A impressão que sentiu era que teve uma noite delirante de amor. Resolveu tomar um banho frio e caminhar, logo de manhã cedo. Afinal, era o seu dia de folga. Chegou em casa, cansada, suada, relaxada. Resolveu tomar mais um banho. Quando se despiu sentiu um arrepio em seu pescoço, que espalhou-se pelo corpo inteiro. Pensou estar acompanhada, mas não. Ligou o chuveiro, molhou-se. Sentiu um toque, dois... Mergulhou a cabeça em baixo do chuveiro. Pensou estar sentindo coisas inexistentes. Mas ela sentia um toque, um toque molhado que somente ele possuía. Sozinha, gemeu de prazer. Sentiu uma leve tontura e desmaiou. Ninguém mais a viu.