domingo, 15 de setembro de 2013

Delírios de amor.

Eramos tão jovens, e ambos só tinham dois fieis compromissos: serem felizes e se amarem, e entregar-se de corpo e alma um para o outro.
Lembro-me como se fosse ontem a nossa primeira noite de amor... Eu precisava apenas do brilho dos seus olhos e nada mais para me iluminar. Mas mesmo assim, você tão delicado e romântico, soube cuidar dos mínimos detalhes; a meia luz do quarto, a música romântica tocando no rádio, o seu jeito a me tocar e me conduzir aos delírios do amor. Você traduziu-se na palavra perfeição, foi tudo tão perfeito, foi tudo tão bonito, tão intenso, que os meus olhos não resistiram. Lágrimas brotaram do fundo do meu coração, lágrimas de felicidades, lágrimas de paixão.
(...)
Nós não tínhamos dia, nós não tínhamos horário, quando o assunto era amar. Bastava um olhar para você despertar o meu desejo. Em uma tarde de Agosto, sozinhos em casa, você cercado pelos seus livros, eu usando o seu moletom e enlouquecida com alguns cálculos, decidi largar as exatas de mão para, quem sabe, descansar. Você sempre muito cuidadoso, apagou o abajur que refletia a luz sobre meu rosto e deu-me um beijo de bom descanso, aquele beijo representando muito mais do que isto, mostrou-me o quando era bom te amar e esquecer tudo o que me faz estressar. Nada mais importava naquele momento, os cálculos em minha cabeça já estavam a se misturar, e você cansado de programar e planejar, resolveu me amar, e me amou, me amou tão intensamente que nós juntamente com o mundo dávamos voltas. Um bom abraço, um bom carinho, um bom sexo, numa tarde fria de agosto, foi perfeito somente com você.
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A intimidade com o tempo foi aumentando, nós dando a liberdade de ousar e abusar de nossos desejos.
Nunca ousamos uma vez se quer, nem mesmo com outra pessoa antes, e aquela noite, quente de inverno, não nos deixou outra escolha. Em meio a multidão nos olhávamos, loucos para que daquela multidão restasse somente nós dois, quatro paredes e uma cama de solteiro. Entramos em seu quarto nos beijando enlouquecidamente, nos abraçando forte, ao ponto de soltarmos somente quando você tocou-me em sua cama, o puxar da camisa rápido, a vontade louca de se amar e a música no rádio a tocar; em um piscar de olhos e no meio de meias palavras, já estamos dançando no quarto, nus, nos abraçando e rodando, até cair novamente ao meio dos lençóis. Nada nos fazia parar, até mesmo quando exaustos, nos olhávamos, riamos e nos abraçávamos, e começava tudo de novo, mas agora, diferente. Uma risada de canto, um olhar de malícia, um tocar diferente, no teu quarto, de quatro, sentindo seus lábios em meus quadris e um prazer a mais, uma vontade enlouquecedora de gritar para o mundo o quanto de prazer você me fazia... E assim nossa noite parecia nunca terminar, até os primeiros raios de sol invadirem o quarto pela janela semi-aberta, que nos faziam adormecer, em meio ao nosso amor.
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