sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Café da manhã.

E são os pequenos gestos que, muitas vezes, salvam um relacionamento. Acreditando nisto, a noite, antes de você chegar do trabalho, preparo o seu bolo favorito, para que no dia seguinte, sábado, possamos tomar um delicioso café da manhã na cama. Com direto àquele capuccino que você, antes, sempre preparava para mim. Em minha mente estava tudo calculado. Acordaríamos às 8:30 da manhã, tomaríamos café - na cama - e em seguida resolveríamos qualquer coisa que estivesse ficado pendente durante a semana. Então, o telefone toca, e é você, dizendo que ficará no escritório até mais tarde resolvendo alguns "pepinos" que surgiram de repente. Okay, desligo o telefone e vou preparar a calda para o nosso delicioso bolo, com leite condensado e chocolate. Ao seu gosto. Preparo a nossa cama, e antes de ir dormir, deixo em cima da mesa a janta preparada para você, caso você chegue e eu não veja. Em minha leitura me perco no tempo e durmo. Ao acordar pela manhã, decepcionada, observo que o lado da cama, no qual você dorme, ainda está arrumado. A cozinha e a mesa, intacta. Nenhuma chamada sua no meu celular. Ao ligar para você, não me atendeu. Ligo diretamente para o ramal do seu escritório, a secretária atende, como sempre, trabalha aos sábados pela manhã, e diz que você encerrou o expediente ontem, as vinte e duas horas, bem antes do horário em que você me telefonou.... Agradeço a informação e desligo o telefone. Mergulho no chuveiro e um turbilhão de coisas se passam em minha mente. Respiro fundo. Visto-me e vou para a reunião de trabalho. Sem animo para tomar café da manhã, sozinha. 

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